Porque é que decidiste começar a fazer Crossfit? (Houve algum acontecimento que despoletou, alguém que te incentivou, etc.)

No dia da inauguração do novo espaço (Crossfit Alvalade IV) fomos fazer uma surpresa ao Bruno Militão (que também fazia anos), combinada com a sua mulher Juliana Braz. Ao ver todas aquelas pessoas cheias de vida e super felizes, disse ao meu marido, “temos que vir experimentar isto”. E, após vários anos de insistência do Bruno Militão, lá fomos nós fazer uma aula experimental. Neste momento, só penso assim, “porque é que demorámos tanto tempo?”.

Como começaste (PT, aulas, etc.)?

Comecei a ir ao sábado às aulas. Adorei, o cenário, os exercícios, a metodologia, o ambiente e, sobretudo, a magia que envolvia todo o treino. Logo percebi que tinha que arranjar tempo para ir durante a semana. E alterando algumas prioridades na minha vida, comecei a fazer as aulas de Bootcamp durante a semana e as aulas de Crossfit ao fim-de-semana. Agora treino 5 a 6 vezes por semana e senão vou por algum motivo fico mesmo chateada… ahahah!

O que achas que ganhaste com o Crossfit?

Estava muito em baixo de forma. Com o Crossfit, ganhei flexibilidade, força, resistência, sinto a cada dia que estou mais disponível. Ganhei também o espírito competitivo que estava adormecido, depois de 20 anos de Andebol. Acabamos sempre por entrar num espírito de competição saudável, o que é incrível. Ganhei uma nova vida.

E, o que perdeste?

Por um lado, perdi 12 kgs e muitos centímetros… ahahah! Por outro, perdi o sedentarismo, horas a menos sentada/deitada no sofá. Mesmo o tempo com a família, que possamos perder, conseguimos recuperar quando estamos juntos, porque ficamos mais disponíveis para fazer outras coisas.

Achas que mudou a tua vida de alguma forma ou te ajudou de alguma maneira?

Por diversas vezes tentei mudar para uma vida mais saudável e comecei com ações isoladas (restrições alimentares e treinos convencionais em ginásios), ou seja, tentei mudar uma coisa de cada vez e isso é um processo entediante e demorado o que me fez desistir rapidamente. 

Com o Crossfit deixei de imediato os maus hábitos, entre eles os hábitos alimentares e o sedentarismo. 

Presentemente, sou muito mais ativa, feliz e cada vez mais satisfeita com a estética corporal.

Recomendarias a alguém?

Estou sempre a recomendar. A família e os amigos vêm de certeza o meu entusiasmo, mas sinto que ainda há muitos dogmas à volta desta modalidade, pela desinformação que existe.

Antes de começares o Crossfit, que desculpas davas para não vir treinar?

Tantas, mas as principais foram a falta de tempo, a falta de vontade e o ter que cuidar dos filhos. Ainda assim, o essencial é mudar as nossas prioridades, colocar na cabeça que a atividade física tem que fazer parte da nossa vida quotidiana. Há tempo para tudo, deste que exista vontade. O mais importante é que estamos a passar uma mensagem positiva para os nossos filhos e para as pessoas que nos rodeiam.

Tens alguém na box que admires particularmente?

Há duas pessoas que admiro muito na Box, o Bruno Militão e a Juliana Braz. Já os conheço há muitos anos e fui acompanhando o percurso deles nesta modalidade. O Bruno Militão desde o aparecimento da modalidade em Portugal e a Juliana Braz um tempo depois. São duas pessoas incríveis e são uma fonte de inspiração. 

Os outros coaches e restante staff da Box são espetaculares, pela dedicação, pelo interesse no atleta e pelo entusiasmo. São os melhores!

Hoje em dia, o que te faz vir treinar?

Vou treinar pelo entusiasmo que esta modalidade me dá. O entusiasmo de aprender exercícios diferentes e desafiadores que nos fazem sair da zona de conforto, aumentando a carga, melhorando os movimentos, há tanto para aprender. Pensar em ir à Box e ter um treino novo, um coach e um grupo de atletas à nossa espera é maravilhoso. E perceber que todos os que ali treinam se comportam muito mais como uma Família do que como apenas pessoas dividindo o mesmo espaço.